Cláudia
Cruz tem 26 anos e é de Santa Maria da Feira. É uma jovem promissora da música.
Uma cantora que refere que este meio não foi uma escolha, mas sim que a música
é onde se sente feliz. Ao longo da conversação confessa que ser cantora sempre
foi o seu sonho. No entanto, como é bom ter sempre um plano B na vida, decidiu
tirar um curso de economia. Um curso que revela acabar por ter gosto e que usa
para investir neste que sempre foi o que queria fazer.
O
que significa para si a palavra música?
Para
mim música é o meu maior sonho, um dos meus maiores objetivos de vida fora os
milhares de significados que ela tem. Penso que todos concordamos que é difícil
viver sem música. Atualmente, tornou-se mesmo a companhia dos nossos estados de
espírito, onde o nosso cérebro entende o nosso coração.
O
que a trouxe para este mundo?
Não
foi uma escolha, é simplesmente onde me sinto feliz. Criar espetáculos, cantar
e estar em palco é o que mais me faz feliz.
Como
já disse “Sempre quis ser cantora”, porquê tirar o curso de economia, e fazer a
pôs graduação em contabilidade?
Enquanto
menor não foi fácil mostrar que este era o meu sonho e o que eu queria fazer,
para sermos cantores não basta ter-mos um curso e experiência, há muitas coisas
que podem correr mal então decidi tirar um curso superior em economia para me
dar estabilidade financeira que de momento uso para investir na música. Acabei
por gostar muito dos meus cursos também.
Como
foi conjugar a universidade com o mundo das artes? Mais precisamente nos grupos
que participou?
A
universidade era o meu mainly job e todos os meus projetos eram um hobby
que eu levei muito a sério. Acho que arranjamos sempre tempo se realmente
gostarmos do que estamos a fazer. Eu ocupei os meus fins-de-semana e várias
noites a fazer exatamente aquilo que eu mais amo e não me arrependo.
De
que maneira, o seu grupo se afirmou?
O
meu grupo não surgiu de um dia para o outro, nós crescemos passando por várias
experiências, com as aprendizagens de cada uma delas e dos próprios membros do
grupo fossem ou não profissionais. Ainda é um caminho, continuamos a lutar por
mais credibilidade, mais conhecimento, mais reconhecimento e mais felicidade.
Qual
foi o seu maior desafio enquanto artista?
O
maior desafio foi e é, fazer tudo sozinha. Não tenho nenhuma label para
já, então por vezes sinto-me um pouco perdida ainda quando tento perceber o
mercado e como esta indústria funciona na realidade. Mas há muitos mais
desafios: escrever em português também não está a ser um processo fácil, saber
qual é a minha identidade musical também não é porque eu adoro vários estilos,
a lista é longa.
Recordo
que adoravas cantar covers. Como foi começar a realizar as suas próprias
músicas, as chamadas “originais”?
Sim,
eu tive e tenho a sorte de ter cruzado com pessoas fantásticas que me ajudaram
muito e são elas que me ensinam a cada música mais um bocadinho sobre esta nova
realidade que são os originais. Não foi fácil e ainda não o é.
Já
referiu que a primeira música que escreveu não foi o primeiro single que lançou,
“Não vás”, foi outra que acabaste por não lançar na altura, porquê?
Lancei
mais tarde, a primeira música que eu fiz com o David Silva e com o SUAVEYOUKNOW
foi o tema "Light" saiu três meses depois. Isto porque é um tema em
inglês e eu queria aparecer com o meu primeiro tema em Português então surgiu o
"Não Vás".
Considera
que tenha sido uma boa opção começar por um single em português?
Sim,
em Portugal foi a melhor decisão.
Como
classifica o processo de escrever uma música, e depois apresentá-la ao público?
É
um processo difícil, ainda nunca o fiz sozinha, tive sempre ajuda a escrever os
meus temas e adorei todas as pessoas com quem trabalhei porque é importante
passar uma mensagem nossa. É necessário que haja conteúdo que signifique algo
para ti, mesmo que não sejamos os melhores escritores, quem escreveu comigo
procurou-me, procurou a minha história porque a música tem de ter uma relação
contigo, seja uma vivência, um sonho, um medo, mas tem de ser algo teu ou
acabamos por não sentir nada com ela.
Qual
foi a produção musical mais especial, daquelas que criou?
Dos
temas lançados foi a "Não Vás" mas em breve sairão pelo menos dois
temas muito especiais e não consigo escolher o meu favorito.
O
que pretende que as pessoas sintam ao ouvi-la cantar as suas composições
musicais?
Que
se sintam conectadas com a minha música, que se relacionem com os meus lyrics e
compreendam que nós somos uma grande família a passar todos pelos milhares de
sentimentos que a vida transporta.
Mudava
alguma coisa no seu percurso?
Definitivamente,
não!
Tem
algum projeto programado para breve?
Sim,
este ano tenho de conseguir lançar vários temas, queria lançar o EP.
Qual
é o maior objetivo a concretizar na sua carreira profissional?
Tenho
vários, depende da escala, quero ser cantora, ter Tours, atuar em palcos
pelo mundo inteiro, ter um featuring com a Rihanna, etc.
Imaginava-se
a abdicar do mundo das artes, da música e a dedicar-se ao curso que tiraste na
Universidade?
Não,
isso nunca vai acontecer! Com mais intensidade ou menos, eu vou sempre fazer
algo nesta área porque é o que me faz feliz.
Qual
foi o melhor momento, desta ainda curta, carreira?
Não
consigo bem escolher um, há sessões de estúdio que fazem um ano inteiro valer a
pena, mas todas as vezes que estou em palco são muito especiais. Tendo mesmo de
escolher seria o meu espetáculo no Europarque em 2013.
Quando
lançou a música “Não vás”, sentiu logo o apoio do público?
Sim,
senti muito apoio por parte das pessoas!
Posto
isto, quais foram as melhores palavras que já lhe disseram, e que lhe deram
força para continuar este sonho?
Esta
pergunta não é fácil! "Tu és a Beyoncé 2.0!" "Queen C in the
making, "És uma inspiração nunca duvides". Choro muito com estas
coisas.
Que
concelho podes sugerir aquelas pessoas que também querem fazer parte do meio
musical?
Sim,
lutem muito pelo que vocês sonham, tenho em crer que nascemos com esta paixão
por algum motivo e um dia tudo fará sentido. Mesmo que se sintam sozinhos nos
vossos objetivos e que não tem poder para lá chegar, continuem a plantar a
vossa felicidade. Não há forma de desistir por um sonho, está inexplicavelmente
intrínseco o nosso desejo e a nossa luta será permanente.
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Cláudia Cruz a cantar |
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A entrevistada Cláudia Cruz |
Fonte das fotografias: Cláudia Cruz
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