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"O Martim" | Fonte das Fotografias: Martim Torres |
Martim
Torres tem 34 anos e mora em Lisboa. Aos 7 anos de idade começou a tocar piano
e aos 16 anos tomou a decisão de seguir como carreira profissional a música. O
artista confessa que ao longo da sua carreira teve muita sorte por encontrar
músicos incríveis. Reconhece também que o momento mais complicado de criar uma
música é saber do assunto que quer cantar. Posteriormente, o processo varia,
sendo que, normalmente é rápido. Por fim, refere que o melhor conselho que pode
dar às pessoas que querem seguir o mundo da música é “que sejam honestas com
elas próprias.”
De
que forma carateriza a palavra música?
Para
mim a música é extremamente importante, essencial e infinita.
De
que maneira a música começou a fazer parte da sua vida?
Desde
muito cedo que a minha mãe me punha a ouvir todo o tipo de música. Desde os
noturnos de Chopin a Sting. Eu adorava tudo aquilo. Por volta dos 7 anos de
idade a minha mãe pôs-me nas aulas de piano, mas foi só aos 16 anos que decidi,
finalmente, seguir a carreira de músico profissional.
Considera
que houve muitas influências ao longo da sua carreira de modo a se tornar no
artística que é hoje?
Sem
dúvida! Desde os artistas de hip hop que ouvia na minha adolescência,
aos discos de Chico Buarque que a minha mãe punha a tocar lá em casa. Bandas de
punk como os Green Day, ou de rock como os Los Hermanos e Strokes. Também
pessoas como o B Fachada, ou o Rodrigo Amarante. Mais recentemente artistas
como o Mac Miller e os The Growlers que são a minha atual banda preferida.
Como
descreve o seu percurso?
Muito
eclético. Tendo em conta que enquanto baixista, por exemplo, já passei por
estilos como o Funk, Jazz, Fado, Pop ou Rock.
Enquanto estudante da música o percurso pouco consistente. Eu sempre fui um aluno
muito indisciplinado. O trabalho que fui tendo fez com que eu me focasse pouco
no estudo. À parte tudo isso, tive muita sorte por me ter cruzado com tantos
incríveis artistas ao longo dos anos.
Como
caracteriza o seu trabalho como músico?
O
meu trabalho como músico é inconsistente, surpreendente e gratificante.
Toca
mais que um instrumento correto? Qual o seu preferido?
Na
verdade, apenas toco um instrumento como deve ser: o baixo, que é o meu
preferido. Todos os outros apenas “arranho”, sendo que, consigo criar música de
maneira independente.
Como
é trabalhar com outros músicos?
Com
“O Martim” eu sempre tive a sorte de poder trabalhar com músicos altamente
profissionais, com quem aprendi muito sobre música e amizade. Algumas das
maiores lições de vida que eu tive foram fruto dessas colaborações.
Como
se sucedeu o nascimento da banda “O Martim”?
Com
o meu querido amigo David Pires, baterista “d’Os Pontos Negros” e o meu
igualmente querido amigo António Quintino. Eramos os três estudantes na Escola
Superior de Música de Lisboa, e eu na altura tocava com o B Fachada. Foi por
influência dele que decidi começar a escrever canções, e os meus amigos não
hesitaram quando lhes perguntei se me ajudavam nessa fazenda.
Qual
foi o critério para a escolha deste nome para a banda?
Era
isso ou El Martin. Mas tendo em conta que sou português, achei que “O Martim”
seria melhor.
Como
carateriza o primeiro single do álbum “Lei da Atração”, “Caixa Forte”?
Considero
que o meu primeiro single é livre, leve e solto.
Descreva
o processo da criação de uma música desde o momento que a compõe até quando a
canta?
Não
há bem uma regra. O meu processo criativo vai variando consoante os tempos. Mas
regra geral acontece relativamente rápido. Os meus amigos mais próximos que
também escrevem canções acusam-me muitas vezes de não as acabar. Para o bem e
para o mal, eu sempre fui mais uma pessoa de quantidade do que qualidade.
Para
si, qual o momento mais complicado do processo da criação musical?
Saber
sobre que assunto quero cantar.
Quais
as características que acha necessárias para ser um bom músico?
Persistência.
Integridade. Longevidade. (Sendo que, estas 3 palavras estão tatuadas no meu
braço.)
Quando
as pessoas ouvem as suas músicas, o que pretendem que elas sintam?
Não
pretendo grande coisa, mas confesso que gosto quando se identificam. Faz-me
sentir menos sozinho no mundo.
O
que o programa que tens no Youtube “Fala Baixo”?
O
"Fala Baixo" é um programa de conversa entre baixistas, uma espécie
de workshop descontraído salpicado a entrevista. Trocamos ideias sobre
som, técnica e instrumento.
Tem
projetos futuros que possa revelar?
Não
é segredo nenhum. Estou a escrever novas canções. Estou sempre a escrever novas
canções. Pode acontecer é que eu nunca as publique por achar que não boas. O
meu maior projeto é sempre conseguir escrever uma boa canção.
Qual
é o seu maior objetivo profissional na área musical?
O
meu maior objetivo profissional é escrever boas canções.
Que
conselho sugere aquelas pessoas que querem ter uma carreira profissional
baseada na música?
Que
sejam honestas com elas próprias.
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O entrevistado Martim Torres | Fonte das Fotografias: Martim Torres |
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O entrevistado Martim Torres | Fonte da Fotografia: Martim Torres |
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