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Luís Martins - Koeman |
Luís Filipe da Silva Ruivo Martins
tem 38 anos e estudou desporto na Universidade Lusófona de Lisboa. Já realizou
diversos trabalhos, no entanto, atualmente trabalha como back vocal
do cantor português David Carreira.
Para além, da área da música tem
outras paixões, como o desporto e a moda.
Luís Martins trabalha também como
professor de fitness e realiza
trabalhos de passerelle e fotografia,
assim que solicitado.
Por fim, Luís Martins prevê-se num
futuro sempre acompanhado pela música e pelo desporto.
Sofia
Coelho: O que significa a palavra música para si?
Luís
Martins: A palavra
música para mim é tudo, não é? É a minha vida! Eu sem a música dificilmente era
tão feliz como sou hoje.
Qual
o motivo que o fez dedicar-se à área da música?
LM: Ora bem, o meu percurso
profissional começou mais seriamente aos 19 anos. Quando eu e mais uns amigos
meus nos juntamos para fazer uma boysband
chamada “Instinto”. Foi a partir daí que começamos a fazer televisão, fizemos
muitos espetáculos e as coisas ficaram mais sérias, porque já tínhamos um
álbum, tínhamos público, tínhamos algum reconhecimento, na altura das boysbands. Então foi um momento
engraçado onde eu e mais quatro amigos meus conseguimos realizar um sonho, não
é?
Então
aquilo foi muito engraçado, foi um excelente começo. Claro que o gosto pela
música e por estar em palco já vem desde muito cedo, desde muito novo mesmo.
Mas foi a partir desse tempo, dos 19 até aos 23 anos que começamos a fazer
espetáculos, na altura, com essa boysband
chamada “Instinto”.
E claro que mais tarde, veio este
convite através do diretor musical do David Carreira, o Nuno Junqueira. No
qual, ele também foi produtor dessa boysbands
e que me chamou para participar no projeto do David, e pronto, foi até agora.
Explique-nos
de onde surgiu o seu nome artístico, Koeman?
LM: Olha esta alcunha Koeman vem mais
ou menos desde os 11 anos de idade. Eu joguei no Benfica quatro anos, desde os
11 até aos 15 anos mais ou menos. E como jogava futebol, havia lá um amigo meu
que associou a minha imagem, digamos assim que eu era muito loiro, a um jogador
da seleção holandesa, que era o Ronald Koeman, que era também muito loiro. E
pronto a razão é essa, não é outra, era parecido com o jogador de futebol.
Como
carateriza o seu trabalho como back vocal?
LM: Olha o trabalho de back vocal é um trabalho que basicamente
eu tenho que criar harmonia nas músicas. O David lança os singles, lança o
álbum e eu tenho de aprender as músicas e depois, eu juntamente com o diretor
musical tenho de criar as harmonias apropriadas para as músicas, para os temas
que o David lança. Basicamente é isso. E depois no espetáculo também trabalho
como MC (artista que atua no âmbito musical), que é puxar pelo público
etc, ect. Mas pronto basicamente é isso.
Essencialmente,
trabalha com o David Carreira, correto? Como é o trabalho com ele e com a
banda, desde os ensaios aos concertos?
LM:
Sim, essencialmente trabalho com o
David Carreira. Neste momento a nível musical é com o David Carreira que eu
trabalho como back vocal. O trabalho
com ele acaba por ser muito exigente, porque ele próprio é muito exigente.
Então todos nós, eu e a banda, temos noção disso, porque assim o exige para que
conseguisse chegar onde ele chegou temos de ser profissionais e o rigor é bastante
importante neste projeto. Mas também nós acabamos por nos moldar muito bem. Eu
trabalho com o David desde 2010, por isso nós já nos conhecemos muito bem, até o
método de trabalhar, seja nos ensaios, seja no palco. É um trabalho exigente,
claro que sim.
E depois quando temos espetáculos
grandes, eu e a banda temos de estar todos muito focados para que depois as
coisas também resultem em palco. E o trabalho que fizemos agora para o Altice
Arena acho que foi bem visível o trabalho de toda a banda, dos bailarinos para
que as coisas resultassem e que tivesse sido um sucesso.
Mas claro que sim, é um trabalho
muito exigente, quando se trabalha a este nível com um cantor com o nome que o
David Carreira já tem no mercado.
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O cantor David Carreira e o entrevistado Luís Martins (Koeman) |
Na
qualidade back vocal, o que mais gosta na sua profissão?
LM: Olha que eu gosto na minha
profissão é ser back vocal, foi isso
que eu escolhi para a minha vida, é isso que eu faço nesta altura e sinto-me
muito feliz em cantar. E neste caso estou em segundo plano, mas eu gosto realmente
de estar em palco e ter esta profissão, este desempenho como segunda voz do
David. E depois, claro que isso traz coisas brutais, o feedback do público, as coisas que me vão dizendo, porque tu quando
fazes aquilo que gostas o feedback é
brutal. E eu, graças a deus, tenho recebido coisas muito positivas do público.
E depois, olhar para o público e ver
toda gente a cantar e a vibrar com o espetáculo é brutal. Eu acho que o
reconhecimento de um bom trabalho enche-nos a alma, digamos assim.
E
o que menos gosta?
LM: Ok, o que eu não gosto nesta
profissão é às vezes não é “não gosto”, mas acaba por ser desgastante. As
coisas têm de ser feitas, mas é as viagens. As viagens às vezes são muito
complicadas, quando nós temos um volume de espetáculos muito grande e datas
muito próximas, dias seguidos, um dia temos de estar no norte, depois temos de
ir para sul e no terceiro dia temos de voltar outra vez para norte e andar cima
a baixo a fazer muitos quilómetros acaba por ser. E isso talvez seja o mais
complicado que nós não gostámos, mas tem de ser feito, não é?
Para
além de trabalhar com o David Carreira, já colaborou com outros cantores, como
a Maria, no seu primeiro álbum “A primeira vez”, através da música “não queria
fugir”. Como define esse acontecimento?
LM: Sim, é verdade. Já gravei para
outros cantores em CD, quando eles lançaram os álbuns. Recentemente nunca mais
o fiz devido, também, ao projeto do David e ao tempo disponível, não é?
Em
relação a esta música da Maria, que eu gravei com ela, que se chama “Não queria
fugir”, do álbum “Primeira vez”, foi um convite do Nuno Junqueira, diretor
musical do David e também produtor do álbum da Maria. Foi uma música que me
mostraram, a Maria e o Nuno, e eu achei que era um tema que se identificava
comigo e era uma participação também que
de alguma forma de ajudar estes cantores que aparecem com talento, que é o caso
da Maria. Uma miúda que eu acho que vai vingar na música portuguesa, porque ela
tem muito talento e pronto, espero que ouçam o álbum dela e, especificamente,
que ouçam esta música que eu participei com ela.
Quais
as características que acha que são necessárias para ser um bom músico?
LM: Olha as características essenciais
para ser um bom músico é a dedicação. Tu tens de te dedicar muito! Mas isso é
como tudo na vida, tem haver uma entrega total, um profissionalismo muito
grande, porque há muita gente a tocar, mas a tocar bem, a ser um bom
profissional, ter boas características humanas, ser humilde, já não há tantas!
Então eu acho que a humildade e a
dedicação a esta arte que é a música tem de ser muito grande. Por isso, muito
mais quando tu estás com um artista de nome elevado tens de ser muito
profissional e humilde, para que, não seja só uma coisa de pouco tempo. Se
queres levar isto para a frente tens de reunir estas características, se queres
fazer vida de músico.
No
entanto, para além da sua paixão pela música, também realiza outros trabalhos
como modelo e professor de alguns desportos, como a natação, futebol,
hidroginásticas, etc. Como organiza o seu tempo, de modo, a poder executar tudo
o que gosta?
LM: Sim. Para além da música também sou
professor de fitness, já dou aulas há
muito tempo, acerca de onze, doze anos no ginásio Kalorias em Linda-a-Velha e
também trabalho como modelo. Mas a moda digamos que é algo que faço quando sou
solicitado. Já estive em agências de moda, entretanto, saí, porque, também não
tinha assim tanto tempo para ir a castings. Então sou chamado para fazer alguns
trabalhos. Gosto de fazer trabalhos de fotografia, de passerelle, já fiz muitos desfiles, já fiz a Moda Lisboa mais de
cinco vezes pelo estilista Nuno Gama, sempre convidado por ele. Então é uma
coisa que eu gosto muito, gosto muito de trabalhar por moda, mas não é a minha
profissão, digamos assim. Eu faço quando posso, quando sou chamado.
Agora,
em relação à parte do fitness, claro
que sim, é a minha base. A música e o fitness são a minha base. Graças a Deus
tenho um trabalho que me dá esta liberdade também de poder cantar e neste caso,
os meus coordenadores e a direção do ginásio sabem também desta minha vida de
músico. Então eu tenho as portas abertas também para fazer aquilo que eu gosto,
que é cantar. Então é difícil às vezes arranjar espaço, tenho me mexer muito
bem, tenho que me organizar muito bem para conseguir fazer estas coisas, mas
graças a Deus consigo fazer, porque também não o quero deixar de fazer, porque
são três coisas que gosto de fazer, a moda, o fitness e a música, e não as quero deixar de fazer.
Enquanto conseguir gerir vou sempre
fazer, mesmo não sendo é fácil de todo. Quando se faz aquilo que se gosta e nos
dão oportunidade de fazer, vamos embora.
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Luís Martins num dos seus trabalhos como modelo |
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Luís Martins e a sua paixão pelo desporto |
Qual
foi a melhor coisa que já lhe disseram em toda a sua carreira?
LM: Já me disseram tanta coisa boa!
Graças a Deus, eu vivo muito isto da música, eu dedico-me muito quando estou em
palco, eu dou tudo aquilo que tenho. E os meus fãs e os fãs do David que também
me seguem sabem que eu me entrego a mil por cento, quando estou em palco,
porque eu realmente sinto as coisas e sou muito feliz a fazer aquilo que faço.
Claro que recebo muitas mensagens no
Instagram, no Facebook e isso deixa-me muito contente! Deixa-me muito contente,
porque é sinal que fazemos as coisas bem, não é?
E que passamos alguma coisa para o
público. Então quando recebo mensagens a dizer “obrigado”, “a tua energia é
fantástica”, “a tua voz é maravilhosa”, coisas desse género, eu fico de coração
partido, não é? Porque é tão bom quando
tu cantas, quando tu te dedicas a cem por cento, quando tu dás tudo e depois
recebes essas mensagens a dizer que gostam de ti, que gostam da tua
performance, gostam da tua voz, gostam da tua energia, que dizem que sou uma
peça fundamental no projeto do David.
Isso é tudo! Às vezes não há
palavras e eu ou digo “obrigado”. E muito obrigado, aproveito esta entrevista
também para agradecer a todas pessoas que me vou enviando mensagens com esse
intuito de motivação e para continuar, que eu não vou parar, podem crer que
sim!
Pensa
em realizar, um dia, uma carreira a solo no ramo da música?
LM: Claro que são coisas que passam
pela cabeça, não é? Porque já houve alguns convites, já houve algumas
propostas, mas também cheguei a uma altura da minha vida, que com a idade que
eu tenho, também com a experiência que eu tenho, também não quero aceitar,
digamos assim, fazer qualquer coisa, fazer um álbum só por fazer. Eu quero
fazer qualquer coisa, um dia que eu me sinta bem, que se identifique comigo e
que seja um produtor e um projeto de futuro e não uma coisa só por gravar.
Gravar por gravar.
Não quero ser mais um. Quero que
quando fizer uma coisa, fazer uma coisa à séria! Então acho que esse dia vai
chegar, não sei quando, mas vai chegar. Eu tenho essa perspetiva e é um futuro
que passa por mim, um projeto a solo. Mas por enquanto estou aqui no projeto do
David, a fazer aquilo que gosto. Agora o futuro a Deus pertence e eu acho que
esse futuro vai chegar, fazer um projeto a solo, claro que sim!
Quais
são os seus objetivos profissionais, o que procura para elevar a sua carreira?
LM: Os meus objetivos profissionais
passam um pouco por aquilo que eu já faço que é, tanto na moda, como o fitness, tanto na área musical, seja
como back vocal, ou seja no futuro
como cantor principal. Eu acho que vai passar por aqui a minha vida, porque eu
graças a Deus, faço aquilo que gosto. Por isso, não sei o futuro, não posso
prever o futuro, mas eu quero muito e é para isso que eu luto, para que estas
áreas sejam o meu futuro.
Enquanto,
back vocal, como é assegurar a vida pessoal, uma vez que passa a
maior parte do tempo a viajar?
LM: É verdade esta vida acaba por ser
um bocadinho agridoce, porque nós fazemos aquilo que gostamos, mas depois não
nos podemos esquecer da nossa vida pessoal, ou seja, com a pessoa com quem
estamos, com a nossa família e às vezes eles acabam por ser um bocadinho mais
prejudicados. E nós temos de ter essa consciência, então também temos de ter
algum cuidado, para que a nossa vida pessoal não fique para trás. Mas eu acho
que as pessoas que estão connosco percebem perfeitamente, vêm-nos felizes.
E também só têm de respeitar e nós
como profissionais desta área sabemos que é uma área muito difícil onde nos
ausentamos muito tempo, mas foi isso que nós escolhemos para a nossa vida, eu
acho que quem nos acompanha seja as namoradas, os nossos pais, a nossa família,
eles percebem isso perfeitamente. Pelo menos a minha família percebe
perfeitamente, e assim o pouco tempo que tenho é para passar com eles, mas não
é fácil tem de haver aqui um jogo de cintura para que ninguém saia prejudicado.
Imaginava-se
a fazer algum outro trabalho?
LM: Sinceramente, eu já trabalhei e já
fiz muita coisa e tenho 38 anos por isso já passei por várias experiências
noutros trabalhos, mas eu acho que o meu caminho foi sempre trilhado para fazer
aquilo que faço hoje, seja no ramo do fitness,
seja na música. Por isso, eu acho que não me vejo a fazer outra coisa sou muito
feliz a fazer o que eu faço. E graças a Deus consegui que as coisas se
encaminhassem para este sítio, para esta vida. Por isso, eu não me vejo nesta
altura a fazer outra coisa sem ser aquilo que faço hoje.
Como
imagina a sua vida daqui a 10 anos?
LM: Olha, daqui a 10 anos imagino-me
com filhos que ainda não, imagino-me num projeto musical talvez numa coisa
minha, como já falei anteriormente. Porém, sempre a trabalhar na área do fitness, porque para além da música, a
área do fitness deixa-me muito feliz
e muito realizado.
Eu gosto de trabalhar com pessoas,
gosto muito de dar aulas. O desporto está muito presente na minha vida. O
desporto e a música estão muito presentes na minha vida, vai passar certamente
por essas duas áreas.
Que
conselho oferece aquelas pessoas que pretendem envergar pela mesma carreira
profissional?
LM: Olha, eu acho que o melhor conselho
que eu tenho a dar é nunca desistir. E quando eu digo nunca desistir é
realmente acreditar. Se realmente gostam daquilo que fazem é acreditar, e não é
mandar a toalha à primeira adversidade que aparece na nossa vida, porque há
como nós sabemos muitos projetos que começaram e que pouca gente dava algum
valor a esse projeto. E anos mais tarde vêm a ter sucesso, porque essas pessoas
que continuam a acreditar, seja a solo, seja numa banda e hoje são projetos e
bandas com nome, que enchem estádios, enchem salas enormes. Então passa um
bocadinho por aí, é acreditar, ter humilde e passar que um dia as coisas vão
acontecer, porque quando nós dedicamos, quando somos humildes e gostamos
daquilo que fazemos, eu tenho a certeza que vai dar frutos um dia mais tarde.
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Luís Martins - Koeman |
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David Carreira e Luís Martins (Koeman) num concerto |
Obrigado pela entrevista e sucesso no teu Blog.
ResponderEliminarMuito obrigada eu pela entrevista! E os votos de um grande ano para ti e muito sucesso para a tua carreira!
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