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Cartaz 2019 Viagem Medieval |
A
Viagem Medieval realizada em terras de Santa Maria da Feira é a maior recriação
medieval realizada na Europa, cuja, traz pessoas de todo o país, e também estrangeiros
a esta freguesia do Norte.
Anualmente,
a cidade veste-se a rigor durante 12 dias consecutivos, transportando assim,
todos os indivíduos que por lá passam, através da transformação da urbanização
num intenso palco de momentos marcantes da história de Portugal.
O Rei e a Rainha de Portugal e do Algarve, 1367 |
Este
ano, 2019, a elaboração efetuada foi el-rei D. Fernando I, o Belo, intitulado
rei de Portugal e do Algarve, cujo, subiu ao trono em 1367, após uma época de
grandes transformações sociais e económicas do mundo ocidental, em consequência
da nefasta peste negra ocorrida durante duas décadas.
O
monarca recebeu um reino de paz e um grande tesouro, o que lhe permitiu
alimentar as suas grandes paixões, como, a caça e as modas de gostos artísticos
e culturais, muito refinados, que eram também praticadas pela restante
aristocracia europeia.
Após
a morte de D. Pedro, de Castela, no âmbito da crise da sucessão, Portugal entrou
numa guerra com aquele reino, em três períodos distintos. D. Fernando reclamou
para si o trono castelhano, iniciando assim, as guerras fernandinas, com a
invasão da Galiza, onde é aclamado rei em várias destas cidades por ter ali
muitos apoiantes.
Sendo que foi um monarca instável em
algumas das suas decisões, a sua governação em tempos de paz foi notável, dando
início a um projeto político inovador que partilhou com a rainha D. Leonor
Teles. Assumiu a construção de muralhas e de grandes edifícios em várias
cidades, promulgou a Lei das Sesmarias, criou a Torre do Tombo, a Casa dos
Contos e fundou a Companhia das Naus, adaptando assim, a administração régia às
necessidades dos novos tempos.
Por
volta do ano de 1379, há alusões a um episódio de tentativa de assassinato de
D. Fernando, em que lhe terão dado peçonha (substância tóxica, que são
utilizadas ativamente para caça ou defesa) para o matar. Este ato deixou-lhe
consequências graves de saúde, originando uma mudança na governação, promovendo
uma participação mais ativa nas decisões e ações do reino por parte da rainha
D. Leonor Teles, a “mal-amada” pelo povo.
Desta
forma, D. Fernando foi ficando cada vez mais debilitado até à chegada da sua
morte, que ocorreu em 1383.
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